Corro para o Alvo

Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Filipenses 3.14-15

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

A Ressurreição dos Mortos

Olá, correndo para o céu?
Procurando no google achei esse texto sobre a ressurreição dos mortos.
Gostaria de compartilhá-lo. Muitíssimo edificante.
Fique na Paz do nosso Senhor e Cristo Jesus.
Pr. Inerves


A ressurreição dos mortos

Debaixo o Antigo Concerto, Deus tinha predito que os mortos um dia ressuscitarão, de facto no livro do profeta Isaías está escrito: "Os teus mortos viverão, os teus mortos ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como o orvalho das ervas e a terra lançará  de si os mortos" (Is. 26:19), e em Daniel está escrito: "E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para a vergonha e desprezo eterno... Tu, porém, vai até ao fim; porque repousarás, e estarás na tua sorte, no fim dos dias" (Dan. 12:2,13).

Debaixo o Novo Concerto é confirmado que todos ressuscitarão de facto Jesus disse: "Vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressureição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição do juízo" (João 5:28-29); Paulo afirmou ter a mesma esperança que tinha o povo de Israel, isto é "de que há-de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos" (Actos 24:15); e João afirmou ter visto em visão voltar à vida tanto os mártires de Jesus, antes do início do milénio, como o remanescente dos mortos, no fim do milénio (cfr. Ap. 20:4, 11-15).

Portanto, a ressurreição final de todos os mortos foi proclamada primeiro pelos profetas, e depois confirmada plenamente por Jesus e pelos apóstolos. Ela é pois por certo um evento futuro a esperar porque o anunciou Deus. Tenho a precisar que todos os justos e todos os injustos ressurgirão a seu tempo, nenhum excluído e isto porque é necessário que todos os homens compareçam diante de Deus com o seu corpo para prestar contas a Deus do que praticaram enquanto se encontravam nele. Digo isto porque alguns baseando-se nas palavras de Daniel "muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão" deduziram erroneamente que a ressurreição será parcial; mas as palavras de Daniel são esclarecidas por Jesus que diz "todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão para fora".

A ressurreição dos justos

Paulo diz aos Coríntios: "Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque, assim como a morte veio por um homem também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda" (1 Cor. 15:20-23). Ora, Jesus Cristo sendo ressuscitado dos mortos com um corpo glorioso e incorruptível é chamado o primogénito dos mortos (as primícias dos que dormem), e isto exactamente porque ele foi o primeiro homem a ressuscitar com um corpo imortal. Aqueles que antes dele tinham ressuscitado dos mortos, como por exemplo, o filho da viúva de Sarepta, Lázaro e o filho da viúva de Naim não ressuscitaram com um corpo imortal mas com o mesmo corpo mortal com o qual tinham morrido, tanto é verdade que de Lázaro, depois de Jesus Cristo o ter ressuscitado dos mortos, está dito: "E os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também Lázaro; porque muitos dos judeus, por causa dele, iam, e criam em Jesus" (João 12:10-11); portanto, o corpo com o qual Lázaro ressuscitou podia ser ainda morto e podia ainda morrer. Mas aquele que Deus ressuscitou dos mortos ao terceiro dia, "já não morre" (Rom. 6:9) porque a morte não tem mais domínio sobre ele. Quando pois dizemos que Cristo é o primogénito dos mortos intendemos dizer que Ele foi o primeiro a ressurgir com um corpo imortal, glorioso e incorruptível. Mas se Cristo é as primícias dos que dormem, qual é a massa? A massa é representada por todos os que morreram em Cristo, os quais na vinda do Senhor ressurgirão como ressuscitou Jesus. Tanto Jesus como os apóstolos testificaram que os santos que estão mortos, um dia ressurgirão; vejamos algumas destas suas afirmações que falam da ressurreição dos justos que deve ter lugar no tempo fixado por Deus.

Ÿ Jesus afirmou que haverá a ressurreição dos justos quando falando para aquele que o tinha convidado, e dizendo-lhe que quando fazia um convite devia convidar os pobres, os aleijados, os mancos e os cegos, lhe disse: "Recompensado te será na ressurreição dos justos" (Lucas 14:14), e também quando disse aos Judeus: "Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizerem o bem sairão para a ressurreição da vida..." (João 5:28-29).

Ÿ Paulo escreveu aos Coríntios: "Ora Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo seu poder" (1 Cor. 6:14).

Ÿ Ainda Paulo escreveu aos Tessalonicenses: "Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com eles...Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro..." (1 Tess. 4:13-14,16).

Á luz pois destas Escrituras, quando os que morreram em Cristo ouvirem o alarido do Senhor Jesus sairão para fora dos sepulcros com um corpo imortal e irão ao encontro do Senhor nos ares. A ressurreição dos justos acontecerá portanto a quando da volta do Senhor Jesus Cristo do céu que precederá o início do milénio.

A ressurreição dos injustos

Por quanto respeita à ressurreição dos injustos, Jesus disse que eles ressurgirão "para a ressurreição do juízo" (João 5:29), isto quer dizer que eles ressuscitarão para serem julgados segundo as suas obras e condenados à vergonha eterna no lago ardente de fogo e enxofre. O apóstolo João fala-nos desta ressurreição quando afirma: "E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo" (Ap. 20:12-15). A ressurreição dos injustos à diferença da dos justos acontecerá no fim do reino milenar durante o qual Cristo reinará sobre a terra com os seus santos ressuscitados e transformados.

Como dito antes, os injustos ressurgirão para serem condenados a uma vergonha eterna, o que significa que eles serão atormentados pela eternidade no lago ardente de fogo e enxofre. Sobre a eternidade das penas que experimentarão os pecadores, na sagrada Escritura há várias confirmações. Ei-las a seguir.

Ÿ Jesus disse daqueles que serão postos à sua esquerda: "E irão estes para o tormento eterno..." (Mat. 25:46).

Ÿ Paulo aos Tessalonicenses diz: "Quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder em chama de fogo, e tomar vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus; os quais sofrerão, como castigo, a perdição eterna...." (2 Tess. 1:7-9).

Ÿ João, no livro da Revelação escreveu: "E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. E o fumo do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome" (Ap. 14:9-11). Notai estas expressões "o fumo do seu tormento sobe para todo o sempre" que indica que o seu tormento será sem fim, e "não têm repouso nem de dia nem de noite" que indica claramente que aquelas pessoas nunca terão repouso à diferença dos que viverão para sempre com o Senhor que repousarão dos seus trabalhos.

Ÿ João, ainda no livro da Revelação, disse que o falso profeta e a besta no início do milénio, e depois o diabo no fim dos mil anos, serão lançados no lago ardente de fogo e enxofre e que ali "de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre" (Ap. 20:10). Naturalmente dado que também os cobardes, os incrédulos, os abomináveis, os homicidas, os fornicadores, os feiticeiros, os idólatras e todos os mentirosos serão lançados no lago ardente de fogo e enxofre é necessário dizer que também eles lá serão atormentados pela eternidade (cfr. Ap. 21:8).

Ÿ Jesus disse: "E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no geenna, onde o seu verme não morre, e o fogo nunca se apaga" (Mar. 9:47-48). Notai que está escrito que o verme dos malvados não morre e o fogo não se apaga, o que indica que a sua tortura será contínua, sem fim algum.

Ÿ Judas disse que Sodoma e Gomorra e as cidades circunvizinhas "havendo-se corrompido como aqueles, e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno" (Judas 7). Isto significa que os habitantes daquelas cidades perversas quando naquele dia ressuscitarem serão condenados a ser atormentados pela eternidade no fogo eterno que foi preparado para o diabo e seus anjos. De qualquer modo também no presente os habitantes daquelas cidades estão em tormentos; e precisamente no Hades.

Como podeis ver estas passagens supracitadas falam de uma maneira ou de outra de tormento eterno, mas como vós sabeis alguns dizem que elas não são para interpretar literalmente, o que é errado porque de outro modo também não deveremos interpretar literalmente as palavras de Jesus "mas os justos para a vida eterna" (Mat. 25:46), e as de João, ainda a propósito dos justos,"e reinarão para todo o sempre" (Ap. 22:5).

Como ressurgirão os mortos

Vejamos agora como ressurgirão os mortos. Paulo escreveu aos Coríntios: "Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão? Insensato! O que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer. E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como de trigo, ou doutra qualquer semente. Mas Deus dá-lhe o corpo como quer, e a cada semente o seu próprio corpo. Nem toda a carne é uma mesma carne, mas uma é a carne dos homens, e outra a carne dos animais, e outra a dos peixes, e outra a das aves. E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e a outra a dos terrestres. Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere em glória de outra estrela. Assim também a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo animal, há também corpo espiritual. Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente: o último Adão em espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, senão o animal; depois o espiritual. O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu. Qual o terreno, tais são também os terrenos; e , qual o celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial" (1 Cor. 15:35-49).

Paulo, para explicar como ressuscitam os mortos fez analogias. Antes de tudo disse que o que alguém semeia antes de ser vivificado deve morrer, e na realidade toda a semente semeada, para dar fruto tem de primeiro se decompor no terreno; depois disse que aquilo que alguem semeia não é o corpo que deve nascer mas um simples grão, porque será Deus depois a dar-lhe o corpo que quer dar àquela particular semente, e por fim ele diz que Deus não dá o mesmo corpo a todas as sementes. Estas coisas acontecem na natureza por ordem de Deus porque a Escritura diz que tudo subsiste também hoje segundo as suas ordens, e nos servem para entender como ressurgirão os que morreram em Cristo.

O corpo do homem está sujeito às doenças, a dores de todos os géneros, e se cansa quando faz esforços físicos; estes são sinais que demonstram a sua fraqueza, mas estas coisas o corpo poderoso que Deus dará aos santos ressuscitados naquele dia não as experimentará mais porque já as primeiras coisas terão passado e Deus fará novas todas as coisas; em outras palavras podemos dizer que ele será mais forte do que o terreno. O corpo dos santos é semeado em fraqueza, de facto ele está privado de todo o vigor quando é sepultado pois está privado de vida, mas na ressurreição ressuscitará poderoso porque será pleno de força.

Nós que ainda estamos vivos neste tabernáculo, vemos este nosso corpo desfazer-se porque ele é corruptível, mas quando formos revestidos da nossa habitação celestial então não o veremos mais  desfazer-se pela eternidade porque ele será incorruptível. Ele é semeado corruptível e ressuscitará incorruptível, de facto o corpo de quem é sepultado passa através de um processo de decomposição orgânica até se tornar pó conforme Deus disse ao homem: "És pó, e em pó te tornarás" (Gen. 3:19), mas quando ele ressuscitar não poderá mais de maneira nenhuma decompor-se.

Paulo explica também que nem toda a carne é a mesma carne, de facto a carne dos homens, a dos animais, a das aves e a dos peixes são carnes diferentes entre elas, e isto o diz para fazer entender que também a carne da qual será formado o corpo dos ressuscitados não é uma carne igual à dos corpos mortais. Sim, porque também o corpo dos ressuscitados será composto de carne, porém de uma carne diferente daquela que agora nós temos. Isto é confirmado pela ressurreição de Jesus de facto quando Jesus ressuscitou, ressuscitou sim com um corpo poderoso e incorruptível, mas também com um corpo feito de carne e osso, de facto quando Ele apareceu aos seus discípulos e estes pensavam estar a ver um espírito, Ele disse-lhes: "Porque estais perturbados, e por que sobem tais pensamentos aos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho" (Lucas 24:38-39). Como podeis ver, o corpo de Jesus podia ser ainda apalpado e tocado porque ele não era um espírito que não tem carne nem ossos. De qualquer modo Jesus, se bem que não fosse um espírito sem carne e ossos, podia na mesma atravessar as paredes das casas sem ter necessidade de entrar pela porta de facto quando ele apareceu aos seus discípulos as portas do lugar onde eles se encontravam estavam fechadas por temor dos Judeus. Ele podia aparecer e desaparecer diante dos olhos dos discípulos quando o queria e ao mesmo tempo ele podia comer e beber com eles. Como pois Jesus é as primícias dos que dormem, assim também os que morreram em Cristo que ressurgirão terão um corpo semelhante ao seu.

O apóstolo depois diz que há corpos celestes como também corpos terrestres e diz que a glória que têm os corpos celestes diferem daquela que têm os corpos terrestres servindo-se deste termo de comparação; ele diz que um astro é diferente de outro em glória, e de facto isto o vemos com os nossos olhos porque tanto o sol, como a lua, e as estrelas têm um esplendor diferente uns dos outros. Consideremos agora os anjos dos céus que são criaturas celestiais e por isso têm um corpo celestial; eles têm um corpo que, quanto à glória, difere muito do nosso. Para compreender isto é suficiente ler que semelhança eles tinham quando apareceram aos homens. Cito a visão que tiveram as mulheres no sepulcro para vos fazer compreender este conceito. Está escrito do anjo do Senhor que desceu do céu, removeu a pedra do sepulcro e se sentou sobre ela, que "o seu aspecto era como um relâmpago" (Mat. 28:3); também pelas visões de anjos que alguns dos nossos têm tido nesta geração e que nos têm contado se deduz como os corpos destes seres celestiais diferem em glória dos nossos.

Nós pois sabemos que na ressurreição, isto que foi semeado em ignomínia, portanto, não agradável nem de olhar nem de ver, ressuscitará glorioso, com uma glória superior à que o nosso corpo possui agora sobre a terra. Paulo confirmou isto também aos Filipenses, quando disse que o Senhor Jesus Cristo "transformará o corpo da nossa humilhação, para ser conforme ao corpo da sua glória.. " (Fil. 3:21).

Ainda o apóstolo diz que como há um corpo natural assim também há um corpo espiritual, mas que o natural precede o espiritual. Ora, por corpo natural se entende aquele que nós temos agora porque ele é conforme a natureza, enquanto por corpo espiritual se entende aquele que tanto os que ressuscitarão como os crentes que serão transformados receberão do Senhor naquele dia. É chamado espiritual porque será um corpo vivificado pelo Espírito de Deus conforme está escrito: "Aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita" (Rom. 8:11).

Portanto irmãos o que nós aprendemos de maneira inequívoca da Escritura é que nós "assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial" (1 Cor. 15:49).

Alguém perguntará a este ponto: 'E os injustos com que corpo ressurgirão?' A Escritura a respeito do corpo com que eles ressuscitarão não nos diz nada; certamente porém será um corpo material, dado que também a sua será uma  ressurreição corporal, e imortal porque será com aquele corpo que eles serão atormentados no geenna pela eternidade. Quando Jesus disse aos seus de temer "aquele que pode fazer perecer no geenna a alma e o corpo" (Mat. 10:28); por corpo se deve entender o corpo ressuscitado dos ímpios, dado que o geenna é o fogo eterno onde os ímpios serão lançados depois de ressuscitarem.



Então a morte será destruída e os santos obterão a redenção do seu corpo

Prosseguindo em falar da ressurreição dos mortos Paulo diz: "Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está ó morte, a tua vitória?" (1 Cor. 15:51-55).

O motivo pelo qual Paulo diz que nem todos dormiremos mas todos seremos transformados é porque na vinda do Senhor haverão crentes que serão encontrados vivos e que não tendo provado a morte serão transformados, obtendo de qualquer modo um corpo igual ao dos resssuscitados. Isto é o que se compreende também das seguintes palavras de Paulo aos Tessalonicenses: "Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor" (1 Tess. 4:15-17).

Então, quando os que morreram em Cristo ressuscitarem e nós formos transformados, a morte será destruída; sim, porque a morte ainda não foi destruída. É verdade que Paulo a Timóteo diz que Cristo destruiu a morte (cfr. 2 Tim. 1:10), mas esta destruição se refere à sua própria morte que ele padeceu de facto está escrito que "havendo Cristo ressuscitado dos mortos, já não morre" (Rom. 6:9), e não à de todos os crentes que estão mortos pois eles dormem e ainda não acordaram. Os crentes ainda morrem, por isso nós temos que dizer que a morte ainda não foi tragada na vitória. A morte na realidade possui ainda um aguilhão, que é o pecado que habita em nós conforme está escrito: "Ora, se eu faço o que não quero,  já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim" (Rom. 7:20), e também: "Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós" (1 João 1:8): mas quando houver a ressurreição, este aguilhão lhe será tirado porque no corpo glorioso que receberemos não habitará mais nem o mal, nem o pecado. Ora, vós sabeis que está escrito: "Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés" (Mat. 22:44); portanto Cristo está à direita de Deus e reina, esperando que todos os seus inimigos lhe sejam postos por escabelo de seus pés, de facto "agora ainda não vemos que todas as coisas lhe estejam sujeitas" (Heb. 2:8). Ora, segundo o que diz Paulo, "o último inimigo que há-de ser aniquilado é a morte" (1 Cor. 15:26), e quando será aniquilado? Na ressurreição. Então se cumprirá a palavra de Isaías que diz: "Aniquilará a morte para sempre" (Is. 25:8), e não haverá mais morte.

Naquele dia se cumprirá a redenção do corpo de facto quando a Escritura fala da ressurreição dos justos que acontecerá no dia de Cristo fala da redenção do corpo, de facto Paulo diz aos Romanos: "Também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo" (Rom. 8:23). Porque só naquele dia o corpo mortal dos justos será libertado da corrupção e se tornará imortal, glorioso e incorruptível. De maneira que, podemos dizer que quando morrem os justos, eles salvam a sua alma mas “perdem” o seu corpo, mas o perdem só temporariamente, porque o recuperarão na ressurreição quando Deus o ressuscitará. Este é um ponto muito importante a sublinhar e a ter presente em relação à ressurreição dos justos porque confirma que a ressurreição será corporal, ou seja, que na ressurreição os ressuscitados retomarão o seu corpo, coisa que é negada por muitas seitas. Obviamente, dado que nem todos os justos morrerão, nem todos os justos ressurgirão porque aqueles que se encontrarem vivos na vinda de Senhor serão transformados, todavia a redenção do corpo a experimentarão também os vivos porque os seus corpos serão transformados em corpos gloriosos, incorruptíveis e imortais, pelo que também eles experimentarão a libertação da corrupção a que está submetido o corpo.

A nossa esperança

Caros irmãos no Senhor, a ressurreição do nosso corpo é a esperança da qual nós aguardamos ver o cumprimento, e como estamos  angustiados até que ela não seja cumprida! Paulo exprimia esta angústia nestes termos aos Coríntios: "E por isso também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu... porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos, carregados; não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida" (2 Cor. 5:2-4).

Nós pois irmãos com desejo intenso aguardamos a redenção do nosso corpo, isto é, que o nosso corpo terreno seja transformado num corpo celestial, porque a nós que somos de Cristo nos está reservado ter um corpo celestial; a habitação na qual moramos agora é terrena mas nós aguardamos ser revestidos da celestial (o corpo celestial que nós conservaremos pela eternidade) que é melhor e eterna. Mas para sê-lo, devemos ser achados vestidos e não nus na vinda do Senhor. Alguém dirá: 'Mas vestidos do quê?' Daquilo que começamos a vestir no dia em que cremos. Vos explico isto com as Escrituras. Isaías diz: "Me  vestiu de vestidos de salvação, me cobriu com o manto de justiça" (Is. 61:10); isto significa que nós crentes nos vestimos, ou antes fomos vestidos, de vestidos de salvação de Deus e do manto da justiça de Deus e isso pela fé em Cristo. Mas nós devemos permanecer vestidos da salvação de Deus e da justiça de Deus até à aparição da glória de nosso Senhor. Isto é o que se tinha proposto Paulo, de facto ele disse aos Filipenses: "Tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo, e seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé" (Fil. 3:8-10). Por isso, dilectos, apliquemo-nos para a ser achados pelo Senhor, na sua volta, vestidos da justiça que vem de Deus pela fé, e não façamos como aqueles que se despiram da justiça de Deus pela fé para se vestirem da sua própria justiça (isto é, aqueles que renunciaram a Cristo para serem justificados pelas obras da lei), porque "nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei" (Rom. 3:20). E não façamos também como aqueles que se despojaram do homem novo "que é criado à imagem de Deus em verdadeira justiça e santidade" (Ef. 4:24), para se vestirem do homem velho "que se corrompe pelas concupiscências do engano" (Ef. 4:22) porque de outra forma seremos achados nus, com a nossa nudez descoberta. Irmãos, sabei que todos os que "depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos" (2 Ped. 2:20), voltando assim a se corromperem como animais irracionais seguindo as imundas concupiscências da carne, sabei digo, que estes não serão achados vestidos mas sim bem nus.

Termino de falar deste assunto lembrando-vos que o Senhor disse ao anjo da igreja de Laodicéia: "Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; oxalá, foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos brancos, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez..." (Ap. 3:15-18). Como podeis ver este crente tinha se tornado morno com o passar do tempo e o Senhor, que conhecia as suas obras, lhe disse que também estava nu e o aconselhou a comprar dele vestidos brancos para que se vestisse e não aparecesse a sua nudez. Isto demonstra que os vestidos brancos que o Senhor nos deu, se cessamos de vigiar e de guardar os seus mandamentos, nós os perderemos; por isso dilectos, conservemos com cuidado os vestidos brancos com os quais o Senhor nos vestiu depois de nos ter tirado de cima os nossos vestidos sujos (as nossas iniquidades); não nos despamos deles, a fim de sermos achados pelo Senhor vestidos e não nus, e podermos ser assim revestidos da nossa habitação celestial.


Site: http://portoghese.lanuovavia.org/portoghese_ins_resurrezione.htm (*)
Minha indicação é exclusiva a mensagem postada aqui. Discordo de vários pontos do credo lá registrado. 

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